Na ultima segunda-feira, em um telejornal de abrangência nacional, meus ouvidos ouviram o que jamais esperavam ter ouvido e meus olhos viram o que nunca gostariam de ter visto.
As cenas veiculadas exibiam um grupo de homens ligados ao poder político dividindo dinheiro, arrecadado ilicitamente. Até então nada de novo, afinal o mundo do outro lado vive por certas regras, ou segundo pensamos, pela falta de qualquer uma delas. O que me provocou espanto e vergonha foram imagens adicionais, nas quais, depois da partinha, os três envolvidos pararam para "orar"! Sim, senhores! Decidiram "orar"! Usando frases comuns nos meios evangélicos; tais como; " O Senhor sabe que somos fracos..." e até mesmo alusões ao sangue de Jesus.
Uma reforma precisa ser iniciada na igreja, chamada evangélica. Muitos se escolhem, se nomeiam, se ordenam e assumem posições de "autoridade". São tidos como sacerdotes, profetas, bispos, pastores, como se exercessem funções ministeriais dentro da igreja, quando na verdade, praticam simonia, ou seja a comercialização dos costumes, das tradições e da própria respeitabilidade da fé do povo de Deus.
É chegada a hora do corte, da poda. Há ramos misturados, apodrecidos; contaminados e contaminadores! Verdadeiras ovelhas do rebanho do SENHOR JESUS tem sido manipuladas por falsos obreiros que anestesiam seus ouvidos com palavras doces e discursos cheios de artimanhas.
Onde estão os profetas da mídia, que diante de fatos como estes, mostrados pela mesma mídia que usam, calam-se?
Onde estão os poderosos, os "monumentos morais" que frequentam os palácios dos governos e talvez, por essa razão, já perderam o poder para confrontá-los?
Onde estão os aguerridos profetas de ambientes fechados, de redultos secretos, aqueles que não aparecem, mas fogem e se calam?
Joaõ Batista, preferiu perder o pescoço e a sua cabeça, do que compactuar com os pecados políticos e morais de seus dias.
Oro a Deus a fim de que Ele levante homens e mulheres que não se vendam nem se prostituam em troca de favores baratos destes mesmo que dividem dinheiro sujo e com ele fazem generosas ofertas aos seus "parceiros" evangélicos.
Que Deus levante entre nós uma geração de servos que não se curve diante de Acabe e declare que há um Deus neste país.
Tive vergonha de ser evangélico. Chegou a hora! Vamos voltar a nos chamar de crentes e nos posicionar como protestantes!
L. Aguiar Valvassoura
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