domingo, 7 de março de 2010

A VOLTA PARA CASA


O caminho caminho mais famoso no mundo, é a Via Dolorosa, "A vereda da tristeza". Segundo a tradição, é a rota que Jesus percorreu do palácio de Pilatos até o Calvário. A rota está marcada por estações usadas frequentemente pelos cristãos para suas devoções. Uma dessas estações marca a passagem do veredicto de Pilatos.
Outra, a aparição de Simão para ajudar a levar a cruz. Duas estações recordam as quedas de Jesus e outra, as Suas palavras. No total, há quatorze estações, cada um recordando os acontecimentos da caminhada final de Cristo.
É a rota verdadeira? Provavelmente não. Quando o ano 70 D.C. e mais tarde em 135, Jerusalém foi destruída, as ruas da cidade o foram também. Como resultado, ninguém sabe exatamente qual foi a rota que Jesus seguiu naquela sexta-feira.
Mas nós sabemos onde começa esse caminho.
Começa não no tribunal de Pilatos, mas sim nos salões do céu. O Pai iniciou sua jornada quando deixou sei lar para vir em nossa busca.Iniciou a busca armado com nada mais que paixão para ganhar o seu coração.
Esse é o coração da mensagem cristã.
Deus se fez home. Nasceu em um estábulo comum, de pais comuns, mas seu propósito era extraordinário.
Veio para nos levar ao céu. Sua morte foi um sacrifício por nossos pecados. Jesus foi nosso substituto. Ele pagou por nossos erros para que nos não tivéssemos que pagar. O desejo de Jesus foi único: trazer seus filhos de volta para casa.
A bíblia tem uma palavra para esta busca: reconciliação.


"Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o
mundo"

2 Coríntios 5.19

A palavra grega traduzida como reconciliação quer dizer "fazer algo de maneira diferente". A vereda da cruz nos diz exatamente quão longe Deus iria para voltar a juntá-lo todo.
A reconciliação torna a unir o que está separado, inverte a rebelião, reacende a paixão que se esfriou. A reconciliação toca o ombro do extraviado e o põe no caminho para o lar.

*

O rapaz magrelo das tatuagens tinha um primo, que trabalhava no turno da noite em uma loja ao sul de Houston. Por uns poucos dólares por mes permitia aos fujitivos permanecer em seu apartamento de noite, mas durante o dia tinham que sair dali.
Não havia problemas. Eles tinham grandes planos. Ele seria um mecânico e Madeleine procuraria trabalho em um loja de departamentos.
Obviamente, ele não sabia nada de automóveis, e ela muito menos sobre como conseguir um
trabalho, mas as pessoas não pensam nessas coisas quando estão intoxicadas de liberdade.
Depois de duas semanas o primo mudou de opinião. E no dia em que lhes comunicou sua decisão, o magrelo tatuado também deu a conhecer a sua. Desse modo, Madeleine se encontrou com a noite pela frente, sem ter um lugar onde dormir nem uma mão que a sustentasse.
Foi a primeira de uma série de muitas noites assim.
Uma mulher no parque lhe falou de um lugar para desamparados perto da ponte. Por poucos dólares ela poderia obter um prato de sopa e uma cama de armar.
Uns pouco dólares era tudo o que ela tinha. Usou sua mochila como travesseiro e sua jaqueta como manta. O quarto era tão barulhento que não conseguia dormir. Madeleine virou a cabeça para o lado da parede e pela primeira vez em muitos dias, pensou no rosto barbudo de seu pai e em como lhe dava um beijo todas as noites. Mas quando as lágrimas quiseram brotar de seus olhos resistiu o choro. Colocoou a lembrança bem fundo em sua memória e deciciu não voltar a pensar em sua casa.
Tinha chegado tão longe que já era impossível voltar.
Na manhã seguinte, a jovem que ocupava a cama de armar ao lado da sua lhe mostrou um punhado de gorjetas que tinha ganho dançando sobre as mesas.
"Esta é a última noite que dormirei aqui", disse-lhe. "Agora posso pagar o meu próprio lugar. Disseram-me que estão precisando de mais bailarinas. Venha comigo". Procurou no bolso de sua jaqueta e tirou uma caixa de fósforos. "Aqui está o endereço", disse, lhe entregando um papelzinho.
Só de pensar nisso, o estômago de Madeleine começou a revirar. Tudo o que conseguiu fazer foi resmungar: "Vou pensar".
Ela passou o resto da semana nas ruas procurando trabalho. No final da semana, quando tinha que pagar a conta do refúgio, procurou em seus bolsos e tirou o papelzinho. Era tudo o que sobrara.
"Não vou passar esta noite aqui", disse a si mesma, e se dirigiu à porta.
A fome tem sua maneira de enfraquecer as convicções.

ORGULHO E VERGONHA

Orgulho e vergonha, Você nunca teria imaginado que o orgulho e a vergonha são irmãos. Parecem tão diferentes. O orgulho lhe faz estufar o peito. A vergonha lhe faz agachar a cabeça. O orgulho alardeia. A vergonha faz ocultar-se. O orgulho procura ser visto. A verginha cuida de ser evitada.
Mas não se deixe enganar, as emoções têm o mesmo parentesco e causam o mesmo impacto: o mantêm afstado de seu Pai.
O orgulho diz: "Você é muito bom para Ele".
A vergonha diz: "Você é muito mau para Ele".
O orgulho o afasta
a vergonha o mantém afastado.
Se o orgulho estiver presente antes de uma queda, a verginha é o que impedi-lo de se levantar depois.
*
Se Madeleine sabia fazer algo, era dançar. Seu pai lhe tinha ensinado.
Agora, homens da idade de seu pai a observavam. Ela não prestava atenção nesse detalhe, simplesmente não pensava nisso. Simplesmente fazia seu trabalho e ganhava seus dólares.
E talvez nunca teria pensado nisso, se não fosse pelas cartas que o primo lhe levava. Não uma, nem duas, mas sim uma caixa cheia. Todas dirigidas a ela. Todas de seu pai.
"Se ex-namorado deve ter deletado você. Chegam duas ou três destas por semana", queixava-se o primo. "Made sei novo endereço". Ah, mas ela não poderia fazer isso. Seria encontrada.
Não se atrevia a abrir as cartas. Sabia o que diziam: que voltasse para casa. Mas se soubesse o que ela estava fazendo não lhe escreveria.
Pareceu-lhe menos doloroso não as ler. De maneira que não o fez. Não nessa semana nem na seguinte quando o primo lhe trouxe mais, e nem na seguinte, quando chegou de novo. Guardou-as no guarda-roupa do clube onde dançava, organizadas de acordo com a data do carimbo do correio. Passava seus dedos por cada uma, mas não se atrevia a abri-las.
Na maior parte do tempo Madeleine conseguia controlar suas emoções. Os pensamentos do lar e os pensamentos de sua vergonha se fundiam no mesmo continho do seu coração. Mas havia ocasiões em que os pensamentos eram muito fortes para conseguir resistir a eles.
Como aquela vez quando viu um vestido na vitrine de uma loja. Um vestido da mesma cor que o seu pai lhe tinha comprado. Um vestido que tinha achado simples demais para ela. Tinha-o vestido contrariada, e parado em frente ao espelho. "Caramba, está tão alta como eu", seu pai havia lhe dito. E quadno ele a tocou, ela se enrijeceu.
Ao ver seu cansado rosto refletido na vitrine da loja, Madeleine compreendeu que teria dado mil roupas somente para sentir seus braços outra vez. Saiu da loja e decidiu não passar nunca mais por ali.

Continua...........

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